segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CANAL CASSIQUIARI - PASSAGEM ESTRATÉGICA NO CONTINENTE SUL AMERICANO














CANAL CASSIQUIARI -  UMA LIGAÇÃO NAVEGÁVEL (em certas condições), ENTRE AS BACIAS DO RIO ORINOCO (Venezuela) E AMAZONAS (via Rio Negro)-BRASIL




                                Link da imagem: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1510200001.htm



    Link da imagem: http://fotostropicais.blogspot.com.br/2007/04/gigantesca-ilha-desconhecida-no-ne-da.html




SÍTIOS RELACIONADOS:



1)  SOBRE PROJETOS DE INTERLIGAÇÃO HIDROVIÁRIA DO BRASIL
Vide sítio:  http://pt.shvoong.com/social-sciences/1644772-transporte-fluvial-maritimo-brasil/

2)  UMA HISTÓRIA MUITO INTERESSANTE, DE COMO AMARRARAM A MÃO DO COLOSSO DO SUL (BRASIL) PARA TRÁS E ATRASARAM EM 150 ANOS O SEU DESENVOLVIMENTO:
Vide sítio:
http://blogdoveronesi.blogspot.com/2010/03/matriz-viaria-do-brasil.html


A HISTÓRIA DO CANAL CASSIQUIARE

Fragmentos: do sítio:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Cassiquiare

".............................................................................................
O canal do Cassiquiare, também designado por canal Casiquiare ou rio Cachequerique, é um canal natural com 326 km de comprimento que se desenvolve entre a margem esquerda do rio Orinoco, na Venezuela, e a margem esquerda do rio Negro, afluente do rio Amazonas, na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia. O Cassiquiare interliga assim duas das mais importantes bacias hidrográficas do mundo: a do Amazonas, a maior do planeta, com de 6 200 000 km²; e a do Orinoco, a terceira maior da América do Sul, com uma área de 948 000 km². Na sua totalidade aquelas bacias perfazem uma superfície conjunta de 7 850 000 de quilómetros quadrados, correspondentes a 44% do território da América do Sul. O canal é uma ocorrência geográfica raríssima, resultante da captura fluvialde uma bifurcação de outro curso de água, a qual faz da região do estado brasileiro do Amazonas ao nordeste dos rios Solimões e Amazonas, os estados brasileiros do Amapá eRoraima, a parte da Venezuela a leste do Orinoco e as três Guianas uma única e gigantesca ilha marítimo-fluvial.

..................................................................................



O canal do rio é sinuoso e está em diversos troços obstruído por bancos de areia e por pequenos rápidos escavados na rocha granítica da região. Estes obstáculos tornam dificultosa a navegação na época seca e impedem a passagem de embarcações de médio e grande porte. Existiu um projecto conjunto brasileiro e venezuelano para a sua dragagem e alargamento do leito por forma a permitir a passagem de embarcações até 100 tAB, mas que terá pouca viabilidade dadas as restrições ambientais necessárias à conservação do rio.


..............................................................................................................



Embora não haja linhas regulares de navegação e pouca gente tenha feito esse imenso percurso, é perfeitamente possível sair do Caribe e chegar ao Oceano Atlântico através dos rios amazónicos. O percurso soma mais de 7 000 quilómetros de rios navegáveis: Orinoco, Cassiquiare, Negro e Amazonas, formando uma hidrovia natural, que, embora impondo limitações ao calado e sendo muito pouco utilizada, já está pronta.

.................................................................................................................................."



O PROJETO AMERICANO PARA O CANAL CASSIQUIARE, DO FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL



    História contada pelo engenheiro Antônio Wilson Tavares*, ouvida de militares que conviveram com oficiais americanos, nas bases de Belém (val-de-cans), Natal e Recife.

  "Quando os nazistas chegaram à Dakar, na África, havia o temor de que o cenário de guerra se espalhasse para o Atlântico Sul. As forças aliadas já contavam, no Brasil, com três bases militares, estabelecidas em Belém, Natal e Recife.

    Havendo o prolongamento das hostilidades, essas bases militares teriam que ser municiadas com equipamentos pesados de guerra, que viriam, em navios embarcados nos Estados Unidos.

    Como não é desconhecido, o deslocamento de equipamentos pesados, através de longo curso marítimo é extremamente vulnerável ao ataque de submarinos e aviões, não se podendo arriscar perder um material, que além de vultoso custo, levaria muito tempo para se tornar a fabricar, sem contar que a destruição desses equipamentos, poderia influenciar no próprio rumo da guerra.

    Em razão dessas reais possibilidades, os estrategistas aliados desenvolveram uma alternativa de trazer esses equipamentos, que foi a de utilizar um acesso entre o Mar do Caribe e o Rio Amazonas, que era o Canal Cassiquiare, que, para tal, deveria sofrer algumas correções, como dragagens e comportas em alguns trechos, tendo sido elaborado um projeto de engenharia, nesse sentido.

    No entanto, a guerra não se prolongou e o projeto, naturalmente, foi deixado de lado. 

    Recentemente tive notícias de que o Governo Brasileiro, em conjunto com o Venezuelano, teriam desenvolvido um projeto para aquela área, mas por questões ambientais teriam descontinuado."

* Antônio Wilson Tavares era engenheiro de solos, tendo trabalhado no laboratório do antigo DNER e na COMARA, sendo que nesta, desenvolveu um sistema de base para pistas de aviação, com pesquisa própria, que não patenteou. Esse sistema substituiu, com enormes  vantagens de custos, outro processo americano que era largamente utilizado em áreas com terrenos problemáticos.  Graças ao Sistema Tavares (como ficou conhecida a técnica), as pistas de Tefé e Tabatinga, no Amazonas, puderam ser construídas com uma economia, sem precedentes.   A Amazônia deve ao Tavares um reconhecimento que não pode mais tardar.