O Fahrenheit Clube
nasceu nos meados
do ano de 1967, idealizado por um grupo de jovens
que se reunia numa residência
na Vila dos Bancários
- Bairro do Telégrafo ,
em Belém-Pa.
Naquele ano , no final de julho ,
um grave
acidente de transito vitimara os donos da residência ,
deixando em estado
desesperador um rapaz
de 14 anos : Antônio Sobreira de Araújo Júnior
que após uma cirurgia delicadíssima, teve que
enfrentar um
longo período
de convalescença .
A lista de sócios
originários era
composta pelos
seguintes jovens :
Suely Santos de Araújo(Suzi);
Antônio Sobreira
de Araújo Júnior (Kiko, Gorky, Toninho);
Paulo Roberto Santos de Araújo ( Paulinho, Paco, Paquera );
Carlos do
Nascimento Pastana
(Carlinhos, Gavião , Chaulo);
Mary do Nascimento
Pastana (
Meiroca);
Maria Regina Brabo dos Santos (Regina, Maria Buzina );
Aurelino Sousa dos
Santos Júnior
(Aurelinozinho, Júnior , Solar , Movido à Pilha ) ;
O citado poema foi
elaborado em conjunto
pelos sócios Carlos do Nascimento Pastana e Aurelino Júnior ,
de uma forma interessante curiosa
e espontânea :
Numa certa noite , no
calor das freqüentes
discussões sobre
temas diversos ,
surgiu a ideia , numa brincadeira , de ser feito um poema em dupla . No entanto , algumas regras
foram estabelecidas: Observância à rima ,
coerência de tema .
Afora isso ,
a criatividade
O poema seria
elaborado de forma alternada, tendo sido colocada
uma folha de papel
em branco
sobre a mesa : O Carlos escreve a primeira
frase :
“O Vento bate na janela ”
e a seguir afasta-se. O Aurelino Júnior
segue até a mesa ,
lê o escrito ,
pensa um
pouco e escreve: “Meus
olhos olham sem
querer ”
Depois o Carlos volta à mesa e
escreve: “Acho que buscam uma estrela ” e terminando a primeira
estrofe o Aurelino arremata: “Talvez nem
pensem em te
perder ”.
A segunda estrofe segue a mesma
linha e na última ,
após as três
primeiras frases , acerta-se uma coerência das três
últimas frases com
o tema Olhos , Vento , Noite , ficando na íntegra
assim .
Obs. Negrito : Carlos
O VENTO
NA JANELA
O vento
bate na janela
Acho que
buscam uma estrela
Perscrutando a noite escura
Perecendo em
teu louvor
No vento que
me fez mártir
Na noite
que me
fez de açoite
Carlos
Pastana A . Júnior
1967 -
Fahrenheit Clube
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TANTA COISA, TANTO TEMPO
E mesclada na lembrança
Outras tantas que
marcadas pelo tempo
Esquecidas nas andanças
Na
revoada de incontáveis ninhos
E
ainda que
num só lamento
Transformou-se
no eterno renascer .
A
. Júnior
1967 -
Em memória
do Fahrenheit Clube
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Suely Santos de Araújo
1967 - Fahrenheit Clube
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