UMA REFORMA TRIBUTÁRIA RACIONAL, EQUILIBRADA E ADEQUADA ÀS MÚLTIPLAS REALIDADES NACIONAIS, CADA VEZ LONGE DEMAIS.
PARODIANDO O QUE HENRI LEFEVBRE(*) DISSE SOBRE A QUESTÃO
URBANA, A DISCUSSÃO SOBRE A QUESTÃO DA TRIBUTAÇÃO E SUAS MÚLTIPLAS TENTATIVAS
DE REFORMAS É TÃO IMPORTANTE, MAS TÃO IMPORTANTE MESMO, QUE ELA NÃO PODE FICAR
RESTRITA, TÃO-SOMENTE, NO ÂMBITO DOS JURISTAS, ECONOMISTAS, CONTADORES,
EMPRESÁRIOS, ETC..
DEVEM, POIS, ENGAJAR-SE NOS DEBATES TODAS AS PROFISSÕES E
ATIVIDADES QUE, EM SUA ABRANGÊNCIA, ALCANCEM ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, COMO OS
ANTROPÓLOGOS, SOCIÓLOGOS, ASSISTENTES SOCIAIS, ENFIM TODA A SOCIEDADE.
Quando escutei
pela primeira vez essa indescritível e inefável melodia era uma sexta-feira numa
noite de janeiro de 1987 (a música é de 1982) e estava em um taxi seguindo pela
Av Afrânio de Melo Franco, no caminho entre um hotel no Leblon-RJ e o recém
badalado point da Zona Sul, o Baixo Gávea, que substituíra o icônico e
festejado Baixo Leblon(quem sabe eu te encontro.....), o qual eu frequentava pelos idos de 1981/82, quando
residia no Rio, por ocasião de minha especialização na FGV.
Tinha sido uma semana de intenso trabalho no prédio da Praia
de Botafogo nº 300, em uma temporada de quase um mês, na qual os desafios
profissionais passavam por estudar, pesquisar e orientar, juridicamente, as
áreas tributárias das empresas do conglomerado de Mineração, Metalurgia, Papel,
Celulose e Alimentos, na área Norte (PA/AP), mas numa harmônica cooperação/interação
com os preclaros e inolvidáveis colegas advogados e contadores das demais
empresas do grupo na Região Sudeste (os problemas eram comuns), na tentativa de
mitigar os impactos que se agravavam, na medida em que, o antes festejado, plano
de estabilização econômica, alcunhado de “Plano Cruzado”, chegava aos seus
estertores, nascido que fora no 28 de fevereiro de 1986.
Daí, como hoje dizem: Finalmente “Sextou” e aos acordes
dessa incrível música, “Amigo Desconhecido”, a mente viajou fixando, como num
filme, o cênico no entorno e as lembranças daquela sexta, que no dizer dos
psicólogos, marca a mente para além do
tempo, no chamado “empareamento” ou “pareamento”, a cada vez que se volta a
escutar. E isso vale para perfumes e outros fatos que, ao se repetirem, nos
avivam as melhores lembranças, mas que Pavlov tão bem soube utilizar em suas famosas experiências com o condicionamento de roedores.
Afinal “Somos seres vibrando força e beleza cósmicas, mundos
estranhos em movimento que, de repente, podem se tocar, na dança da precisão
do acaso..”
Desce o pano
Na Terra é pleno Abril, mas desta feita deste desafiante e
incerto 2021