segunda-feira, 12 de abril de 2021

ARCO NORTE DA LOGÍSTICA AMPLIAÇÃO NO MOVIMENTO DAS EXPORTAÇÕES DE GRÃOS ENTRE 2019 E 2020

 

ARCO NORTE DA LOGÍSTICA

AMPLIAÇÃO NO MOVIMENTO DAS EXPORTAÇÕES DE GRÃOS ENTRE 2019 E 2020

De 2019 para 2020, os portos do ARCO NORTE ampliaram sua participação na exportação nacional de grãos, saindo de 28,8% em 2019, para 31,8%, em 2020, aumentando, respectivamente,  de 37.326.226 tons para 42.319.087 tons, empatando com o porto de SANTOS-SP, o  maior do país na exportação de grãos, que ficou em 42.163.280 tons.

A denominação de PORTOS DO ARCO NORTE abarca desde os portos exportadores de Itacoatiara, no Amazonas, até o de Ilhéus na Bahia, tomando-se como parâmetro de demarcação os portos que se localizam ao Norte geográfico do Paralelo 16", que passa nas imediações da cidade de Lucas do Rio Verde-MT

O aumento da participação dos PORTOS DO ARCO NORTE, nas exportações brasileiras de grãos, tem seguido uma tendência que se originou a partir da expansão da fronteira agrícola para o Norte do Estado do Mato Grosso e para a região conhecida como MATOPIBA, que compreende as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Tal tendência acentuou-se na década de 2011-2020, fortemente impulsionada pelo congestionamento dos portos da Região Sudeste, assim como pela maior distância desses portos das novas áreas plantadas, agravada, ainda, pela precariedade do transporte ferroviário e pela forte dependência da matriz rodoviária no acesso aos referidos portos, o que motivou a decisão por investimentos na rota norte em direção aos rios da Amazônia, com a construção de uma infraestrutura de transbordo rodo-fluvial no rio Tapajós, com acesso pelas Rodovias BR-163 e BR-230 (Estações de transbordo de Miritituba), na rota fluvial Tapajós/Amazonas em direção aos portos de Santarém-PA, Barcarena-PA e Santana-AP, além de outra rota pelos rios Madeira/Amazonas, via Porto Velho-RO até o porto de Itacoatiara-AM, esta pioneira na opção ARCO NORTE Amazônico.

Pela citada região do MATOPIBA, o incremento deu-se pela entrada em operação da parte setentrional da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional-TO e Açailândia-MA, com direitos de passagem pela Ferrovia de Carajás até o porto de ITAQUI-MA.

A virada para o ARCO NORTE tem configurado uma tendência crescente e aparentemente irreversível para viabilizar a exportação com menor custo logístico da produção agrícola do Mato Grosso e da região do MATOPIBA, em que pese para o lado da Região Sudeste os investimentos tenham voltado a se intensificar, notadamente, os ferroviários, com a modernização e expressiva ampliação, já em curso, da capacidade operacional da Malha Ferroviária Paulista e sua interligação com a Malha Norte (atualmente até Rondonópolis-MT, mas com projeto de extensão mais ao Norte, até a cidade de Sorriso-MT, no miolo do Agro do Mato Grosso),bem como com o Tramo Sul-Rumo da antiga Ferrovia Norte-Sul e na ampliação e modernização da infraestrutura portuária daquela região. Investimentos esses públicos, mas desta feita também privados e de grande monta.

Os cenários estão em movimento.

Abril 2021

ASJ


P.S. No quadro demonstrativo das exportações, via portos, não foram elencadas as instalações portuárias do rio Tapajós, em Miritituba, no município de Itaituba e Santarenzinho-Rurópolis-PA, tampouco o porto de Porto Velho no rio Madeira, que mesmo sendo portos amazônicos localizados no ARCO NORTE e  movimentando milhões de toneladas de grãos, tão-somente, funcionam como estações de transbordo rodo-fluviais, de grãos destinados a portos de exportação, sob pena de, ao incluí-los nas estatísticas, equivocadamente, computar-se em duplicidade as toneladas de grãos neles movimentadas o que poderia levar à falsa ideia de que o chamado ARCO NORTE estaria exportando maiores quantidades de grãos do que realmente está.


Fontes do quadro:

ANEC -  Associação Nacional dos Exportadores de Cereais

https://anec.com.br/

Estatísticas ANEC:

https://anec.com.br/uploads/ckjlur6kg000k5stx5u89bux3.pdf?fbclid=IwAR3wSGGhh5t8Dac5x72boLkuS0TOPxn3T6VpAOtKwDXlg6grMS5ODnCGWLc



P.S. 2  

Links relativos ao tema:


1) PORTOS E NAVIOS

Portos amazônicos vão desbancar os do restante do País no transporte de grãos


Link:

https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/portos-amazonicos-vao-desbancar-os-do-restante-do-pais-no-transporte-de-graos?utm_source=newsletter_9703&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y

EXCERTO DA MATÉRIA:

"Todos os olhos se voltam para o Norte. Pela primeira vez, os portos do chamado “Arco Norte”, localizados na região amazônica, desbancaram a preferência dos gigantes do Sudeste e Sul do País e se igualaram como destino dos grãos, com 50% cada, se considerada a movimentação portuária verificada em 2020 pelo agronegócio. A expectativa é que, neste ano, a movimentação nesses portos ultrapasse a do restante do País, já que a média de avanço anual tem sido de 4%."



2) CNN

Portos amazônicos vão desbancar os do restante do país no transporte de grãos

Portos do chamado Arco Norte se igualaram com outros do sul e sudeste como destino da produção

Estadão Conteúdo
11 de abril de 2021 às 16:54

Link:

https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/04/11/portos-amazonicos-vao-desbancar-os-do-restante-do-pais-no-transporte-de-graos?utm_source=social&utm_medium=facebook-link&utm_campaign=business--cnn-brasil&utm_content=link&fbclid=IwAR1GunBexTivu2fK0kR5aG1KrNH2j9WruoQ6ZMl4VtD2kHZSOC7annUPFjw


EXCERTO DA MATÉRIA:


"Todos os olhos se voltam para o Norte. Pela primeira vez, os portos do chamado “Arco Norte”, localizados na região amazônica, desbancaram a preferência dos gigantes do Sudeste e Sul do país e se igualaram como destino dos grãos, com 50% cada, se considerada a movimentação portuária verificada em 2020 pelo agronegócio. A expectativa é que, neste ano, a movimentação nesses portos ultrapasse a do restante do país, já que a média de avanço anual tem sido de 4%.

Até dez anos atrás, terminais portuários de cidades como Itaituba, Santarém e Barcarena (PA), Santana (AP), Itacoatiara (AM) e Porto Velho (RO) eram tratados como “experiências” logísticas pela maior parte dos produtores de Mato Grosso, dada a precariedade - ou mesmo a inexistência - da infraestrutura de acesso aos terminais. Hoje, esses endereços se consolidaram como alternativa aos terminais de Santos (SP) e Paranaguá (PR)."



















 


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