terça-feira, 9 de maio de 2017

NAS BRUMAS DAS CONTEMPORANEIDADES



NAS BRUMAS DAS CONTEMPORANEIDADES

Nunca imaginei vivenciar em tempo real esse encadeamento de fatos, cujas consequências influenciarão e repercutirão fortemente na trajetória de nossa Nação e que serão, no futuro, objeto de estudos e análises.


Todas as grandes nações do mundo passaram por momentos críticos, cruciais para o seu amadurecimento e muitas delas de forma extremamente traumática. Me pergunto: o que ainda passaremos até que a areia finalmente sente no fundo deste "aquário" verde louro que só balança e até onde nos levará essa insana e cada vez mais cultivada litigância?


Antevejo que a ruptura havida alcançará dimensões que atravessarão gerações em perdas de potencialidades e possibilidades de consolidação de nossa trajetória como nação. A cada mapeamento que faço em diversas áreas afloram dados e informações inquietantes que perpassam por uma já inocultável desagregação que suplanta os efeitos econômico-financeiros recorrentes em situações da espécie para amalgamar profundos e deletérios impactos culturais.


Tudo o que estou presenciando passa como um filme em minha mente, um filme cujo trailler já assistira quando ainda tinha cerca de 20 anos, onde em conversas um amigo bem mais velho vaticinara para esse risco potencial de uma débâcle num futuro, se nossas elites não assumissem seu papel cultural que deveria ser a inafastável tônica na condução da trajetória da Nação.

Estávamos, à época, no turbilhão ou no olho do furacão da guerra geopolítica do petróleo desencadeada nos idos de 1973 e pelo menos naqueles conturbados tempos, ainda que sob a égide de uma excepcionalidade institucional, muitas decisões ousadas foram tomadas no absoluto interesse da "Nau Brasilis" e não contra, como sói acontecer nos tempos daqui e de agora.

No maio de 2017


ASJ

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