MANAUS X BELÉM - FASE ÁUREA DA BORRACHA - UMA FEROZ DISPUTA
UMA HISTÓRIA IMPRESSIONANTE, NA BRILHANTE NARRAÇÃO DE BARBARA WEINSTEIN, A VERDADEIRA GUERRA QUE MANAUS EMPREENDEU, NA DISPUTA COM BELÉM PELA HEGEMONIA DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DA BORRACHA, NO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX
APESAR DO AMAZONAS TER SIDO O ESTADO COM MAIOR PRODUÇÃO DA HEVEA BRASILIENSIS, SUA CAPITAL DEPENDIA EM QUASE TUDO DA CIDADE DE BELÉM, QUE ERA O CENTRO COMERCIAL E FINANCEIRO MAIS IMPORTANTE DA REGIÃO, EM RAZÃO DA SUA PRIVILEGIADA LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, EM COMPARAÇÃO À MANAUS QUE DISTA CERCA DE 1.500 KM DA FOZ DO RIO AMAZONAS.
NESSA DISPUTA, MANAUS TEVE QUE LANÇAR MÃO DE DIVERSOS ESTRATAGEMAS, COMO TRATAMENTO TRIBUTÁRIO FAVORECIDO E OUTROS BEM MAIS DRÁSTICOS, COMO PROIBIR A SAIDA DO PRODUTO COM DESTINO AO PARÁ E ATÉ INTERCEDER NA DISPUTA PELO ACRE.
NO FINAL, QUANDO BELÉM REAFIRMOU A SUA SUPREMACIA, CHEGA AO FIM A FASE ÁUREA DA BORRACHA, ATINGINDO FORTEMENTE A ECONOMIA DAS DUAS CIDADES.
AGORA QUE ESTAMOS TENTANDO RESGATAR NOSSA POSIÇÃO DE CIDADE MAIS IMPORTANTE DA AMAZÔNIA, A PARTIR DA REVITALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DO NOSSO ANTIGO PORTO, QUE É O MAIS BEM LOCALIZADO DO NORTE E COM ISSO RESGATAR A VERDADEIRA VOCAÇÃO GEOECONÔMICA DE BELÉM, DE GRANDE ENTREPOSTO COMERCIAL E DE SERVIÇOS, COM AMPLIAÇÃO DE SUA INFLUÊNCIA PARA AS REGIÕES NORTE E CENTRO-OESTE, NEM É DE MANAUS QUE ESTAMOS ENFRENTANDO AS MAIS FEROZES RESISTÊNCIAS E SIM DE SETORES DA PRÓPRIA CIDADE QUE ENTENDEM QUE UMA CIDADE PORTUÁRIA NÃO NECESSITA DE PORTO.
HOJE, MANAUS DETÉM INCONTESTE HEGEMONIA NO CENÁRIO AMAZÔNICO, TENDO ESTENDIDO SUA INFLUÊNCIA ECONÔMICA ATÉ NO OESTE PARAENSE, COM REAL POSSIBILIDADE DE RELEGAR À BELÉM UM PAPEL SECUNDÁRIO NA REGIÃO NORTE E ATÉ DENTRO DO PRÓPRIO ESTADO DA QUAL É CAPITAL.
PARA ASSUMIR ESSA SUPREMACIA NA REGIÃO, MANAUS NÃO CONTOU APENAS COM O DIFERENCIAL GEOPOLÍTICO TRIBUTÁRIO DA ZONA FRANCA, QUE NÃO SERIA SUFICIENTE PARA SUPERAR SUA GEOGRAFIA ADVERSA. CONTOU, PRINCIPALMENTE, COM A INESTIMÁVEL INÉRCIA DE PARTE DE NOSSA ELITE POLÍTICA, ECONÔMICA E CULTURAL QUE, NOTADAMENTE, A PARTIR DA DÉCADA DE 1970, VOLTOU AS COSTAS PARA SUA VERDADEIRA VOCAÇÃO GEOECONÔMICA DE CIDADE PORTUÁRIA ESTRATEGICAMENTE LOCALIZADA, QUEDANDO-SE, FASCINADA, POR UM RODOVIARISMO QUE LHE PODOU AS MELHORES OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO, ALÉM DE LHE TRANSFORMAR EM CIDADE CAMPEÃ, ABSOLUTA, NO ALTO CUSTO DE VIDA.
PELO MENOS, NO TEMPO DA DISPUTA PELA BORRACHA A NOSSA ELITE ESTAVA UNIDA POR BELÉM E PELO PARÁ.
A LEITURA CAPÍTULO "MANAUS VERSUS BELÉM" MOSTRA UMA POSSIBILIDADE QUE SOMENTE SE REACENDERÁ, EM RELAÇÃO À BELÉM, SE ACREDITARMOS QUE SOMOS MAIS DO QUE PENSAMOS SER, A VERDADEIRA JOIA DA LOGÍSTICA BRASILEIRA, LOCALIZADA NA "ESQUINA" DAS HIDROVIAS COM O OCEANO ATLÂNTICO.
JUSTAMENTE ESSA POSIÇÃO PRIVILEGIADA É QUE POSSIBILITARÁ À BELÉM A ASSUNÇÃO DE UMA CONDIÇÃO DE ENTREPOSTO ESTRATÉGICO EM RELAÇAO ÀS DEMAIS CIDADES DA AMAZÔNIA E DE OUTRAS REGIÕES OU PARA MELHOR DIZER, NO ENFOQUE DO ECONOMISTA ALEXANDRE MAX TUBA: "ENTRE BELÉM E MANAUS DEVE HAVER MAIS COMPLEMENTARIEDADES DO QUE ANTAGONISMO", O QUE VALE, TAMBÉM, PARA A REGIÃO CENTRO-OESTE.
JUSTAMENTE ESSA POSIÇÃO PRIVILEGIADA É QUE POSSIBILITARÁ À BELÉM A ASSUNÇÃO DE UMA CONDIÇÃO DE ENTREPOSTO ESTRATÉGICO EM RELAÇAO ÀS DEMAIS CIDADES DA AMAZÔNIA E DE OUTRAS REGIÕES OU PARA MELHOR DIZER, NO ENFOQUE DO ECONOMISTA ALEXANDRE MAX TUBA: "ENTRE BELÉM E MANAUS DEVE HAVER MAIS COMPLEMENTARIEDADES DO QUE ANTAGONISMO", O QUE VALE, TAMBÉM, PARA A REGIÃO CENTRO-OESTE.
Ao assistir uma apresentação do "Norte Competitivo", vi uma referência ao fato de Manaus adquirir carne de Santa Catarina e que isso era um absurdo pois o Pará tem o terceiro maior rebanho do país e que nós precisaríamos mudar esse quadro.
ResponderExcluirNuma discussão que se sucedeu, referi que se Manaus estava adquirindo de tão longe, não era por desconhecimento e sim pelo fato do preço de Santa Catarina, certamente, ser competitivo.
ResponderExcluirA Log-In, tem linhas de cabotagem que ligam a Argentina à Manaus e só recentemente, está tentando se firmar em Barcarena, mas o uso da rodovia, ainda, é preponderante e pelo jeito ainda vai demorar muito para a cabotagem se firmar aqui.
ResponderExcluirManaus hoje, apesar das críticas abundantes sobre os acertos e desacertos do PIM, consolidou uma posição e penso que o mais interessante para nós seria juntarmos forças e não entrarmos em rota de choque, como no passado.
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